terça-feira, 20 de julho de 2010

O dia em que eu virei Natasha....


Eu não sabia que a mudança de rotina fosse virar justificativa para as pessoas questionarem o meu comportamento. A personalidade é formada com quantos anos? Acho que no auge dos meus 23, com três relacionamentos extensos na bagagem, um curso superior completo e algumas experiências um tanto quanto exóticas, eu estou bem crescidinha.

Derramar lágrimas escutando músicas bregas, esperar por ligações ou sonhar com o príncipe encantado, já fizeram parte da minha rotina. Fizeram, ok? Peço atenção para o verbo no passado. Hoje em dia, a preocupação é com o meu emprego, os meus planos profissionais, os problemas em casa. O passeio do final de semana, a boa companhia dos meus amigos, aonde eu vou, o que vou beber, quem cruzará o meu caminho ou a hora que vou chegar em casa, não estão no meu script. Não deixo aparecer sequer uma ruga no meu rosto com esse tipo de questionamento. Eu deixo simplesmente acontecer...   

Tudo bem, eu continuo passando longe de receber flores e medalhas pelo título de santa. Mas algumas coisas foram alteradas com o tempo, amadurecimento e percepção daquilo que nos faz feliz. Eu percebi que não vivo sem os meus amigos, muito menos sem a minha família. Percebi o quanto meu gosto musical é variado e mais variado ainda são os lugares que frequento. Percebi que a liberdade é algo que eu busco constantemente. Percebi que o meu quarto é o cantinho mais gostoso do mundo. Percebi que estou aberta a novas experiências e já não temo o tombo que posso levar. Mas acima de tudo, percebi que não meço mais esforços pelo amor, principalmente quando esse amor se chama amor próprio.

Ainda não fugi de casa, mas se a minha felicidade estiver fora daqui, saibam que eu não hesitarei em pegar o primeiro avião, ônibus, táxi, carona...

Um comentário:

  1. Ainda me falta algo na bagagem pra poder colocar um [2] nesse texto. Mas acredito que um dia, talvez daqui a 3 anos quando eu tiver 23, eu chegue lá!

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