Já estamos em fevereiro e eu ainda vivo a nostalgia do meu 2011. Talvez
porque tenha sido o ano mais intenso da minha vida, aquele que eu experimentei
o desespero de quase morrer e me deliciei com os prazeres absurdos de viver.
Literalmente.
De acidente de carro eu passei para novo emprego, novos amigos e
reencontros. Meu coração sacudiu e eu descobri o que é namorar a distância.
Aprendi sobre esportes especializados e vibrei muito em final de vôlei.
Show do Misfits, show do Paul, show do Ringo. Precisa de mais alguma coisa? Sim.
Deixar registrado o meu nome no lendário Cavern Club, em Liverpool. Tomar
vários pints de cerveja em um festival todo de homenagem aos Beatles, conhecer
Frankfurt, ouvir o Andreas Kisser tocar ‘Helter Skelter’ na Alma de Cuba - uma
antiga igreja da cidade inglesa -, visitar o Moulin Rouge, conhecer o palco de
Roland Garros, ir a um jogo dos Reds em Anfield, vivenciar a mitologia grega em
Atenas, caminhar pela Tower Bridge e mergulhar no mar Egeu. Digamos que a
minha cota cultural superou as minhas expectativas e me fascinou por completo.
Isso porque eu ainda não comentei sobre a sensação de subir a Torre
Eiffel de escadas. A beleza de ver Paris lá de cima, a emoção de conhecer a
Acrópole de Atenas, o medo de ver a Mona Lisa me olhando de todos os cantos da
sala, a curiosidade em enxergar os olhos do Lennon em sua irmã, a emoção em
respirar Beatles por 6 dias consecutivos.
E também foi em 2011 que eu resolvi repentinamente deixar BH e me
arriscar no RJ. Seguir o coração e enfrentar um novo obstáculo faz parte da
vida. Morar junto, dividir as conquistas, angústias, medos e expectativas nem
sempre é fácil. Aprender a cozinhar (nem que seja o básico) e passar roupa
também não.
Mas construir um mundo com a sua cara, cheio de pizza e batata frita,
regado de muita independência e machucados de tanto tropeçar fazem valer a
pena. Principalmente quando no final de tudo isso você percebe que a saudade
serviu para você aprender a valorizar os familiares, os amigos, as relações
pessoais no geral.
E aí é a hora que você pega o violão que ganhou de presente do namorado,
também em 2011, e canta, conta, grita e encanta: “Let it be, let it be.. there will
be an answer. Let it be”.
O titulo também poderia ser , 'Uma vida , em um ano .'
ResponderExcluirChegamos muito bem perto da felicidade quando vivemos intensamente !